terça-feira, outubro 04, 2005

Porque há dias em que temos de nos despedir das pessoas de quem amamos

«A morte não é nada. Só me esgueirei para a sala ao lado. Eu sou eu e tu és tu.

O que fomos um para o outro, ainda o somos.



Trata-me pelo meu nome velho e familiar e fala comigo da maneira simples que sempre falaste; não uses um tom diferente; não ponhas um ar forçado de solenidade ou pesar; ri, como sempre rimos com aquelas pequenas anedotas que nos divertiam aos dois; reza, sorri, pensa em mim, reza por mim; deixa que o meu nome continue a ser referência que sempre foi; deixa que ele seja dito sem dramatismo, sem o traço de uma sombra.

A vida significa o que sempre significou; é igual ao que sempre foi; há uma continuidade interrompida. Por que é que eu tenho de estar longe do coração, só por estar longe de vista? Estou à tua espera, durante um intervalo, algures aqui muito perto - logo ao virar da esquina. Está tudo bem.»
Anónimo

1 comentário:

vivencias disse...

A vida é isso mesmo, uma passagem.
Estou certo que deste tudo o que podias dar, no tempo certo, ainda tinham muito para dar um ao outro mas terão muito tempo para o fazer...
Um forte abraço